quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Debulhado da vez – Assassin's Creed: Brotherhood

(Ubisoft / Ubisoft)
Gênero: Parkour em Roma
Plataforma: PC, PS3 e XBOX 360


Quem precisa de Robin Wood quando se tem Ezio (mama mia) Auditore da Firenze para salvar o dia? Sim meus caros irmãos da creed, o assassino já está entre nós e, se você pertencer a ordem dos Templários, aposto que não conseguirá ler este debulhado até o fim. (Na verdade, isso até me preocupa, pois... AAARGH, MINHAS COSTAS). Mentira, estou bem. Agora, muito mais experiente e “parrudo” na arte de matar os “otro”, nosso herói do passado enfrentará uma verdadeira guerra em território inimigo para impedir que os malfeitores conquistem todos os territórios conhecidos, porém, ele não lutará sozinho contra a tirania.

A busca por justiça colocará o “Spider-Man da antiguidade” no encalço de Cesare Borgia, um homem influente, perigoso, com aliados poderosos no Vaticano (o cara é amigo até do Papa). Sua cobiça pelo poder o levará a realizar qualquer tipo de ação para alcançar seus objetivos e, para piorar a situazione, ele e os demais criminales estão em posse do artefato Apple of Eden. Se você já jogou algum dos games anteriores da saga sabe que esses itens misterioooooosos (voz fantasmagórica ao fundo) possuem poderes surpreendentes, como dominar a mente das pessoas. Envolvido na confusão, somente você será capaz de impedir o inimigo de usar o novo artifício contra a “humanidá”.

Roma agora é o palco principal para o embate. Os desenvolvedores da Ubisoft realizaram um trabalho excepcional ao retratar a cidade nos mínimos detalhes para caracterizá-la da maneira mais parecida ao período que ocorre a trama (eu nunca estive em Roma em 1500, juro, mas me pareceu bastante fiel aos livros de história). Digamos que é quase um Back to the Future sem o DeLorean. Os Gráficos são estonteantes e os bots no papel de meros cidadãos, devidamente vestidos com roupas da época e falando um inglês “ítalo-americano” bem bacana são responsáveis por trazer vida as ruas. A amplitude do cenário aumentou de modo considerável, no entanto segue o mesmo padrão dos antecessores. Corrida pelos telhados, alcançar os pontos mais altos para obter uma visão geral da região, destruindo a torre de observação depois de utilizá-la (isso é novidade). A única diferença mesmo é o sistema de túneis para poupar tempo durante a viagem de um ponto a outro (me lembra até um certo encanador japonês). Você entrará de um lado e, de repente, mama mia!

O sistema de revitalização do comércio também está de volta, assim como a compra de armas e os upgrades da armadura, porém o sistema da “gastança” melhorou. Não haverá mais rios de florin para jogar a população, fazendo aviãozinho para o auditório perguntando: Quem quer dinheiro? Você deverá pensar muito bem antes de investir seu suado dim dim para não quebrar igual ao tio Silvio. Em relação as missões, não vemos nada de especial ou de muito diferente. Assassinar, interrogar, seguir, proteger e salvar as pessoas. O legal mesmo é o seguinte, quando libertar alguém, Ezio poderá recrutá-lo para a guilda e criar um verdadeiro exército de assassinos sob seu comando. Com o micro gerenciamento dos comparsas, aumentando suas habilidades e características físicas, você poderá enviá-los para cumprir contratos em qualquer lugar da Europa. Quanto maior a dificuldade, maior a recompensa e as chances de perdê-lo (Um médico safado em Portugal precisa morrer? Esquenta não, estamos a caminho).

Mesmo durante o gameplay normal, os “brothers” estarão ao seu lado. Perfeitos para emboscadas ou quando a situação ficar complicada demais. O combate sofreu poucas variações, os combos e contra-ataques continuam cruéis e muito bem elaborados, porém os inimigos continuam muito previsíveis. Um ataque, depois outro, depois outro, todos esperando em fila para tomar um “counter” e ganhar uma facada no “bucho”. Simples assim. As novas armas e engenhocas do camarada Da Vinci são uma surpresa bem-vinda. Pára-quedas, asa-delta, carroagem com artilharia na traseira e, por incrível que pareça, um pseudo tanque de guerra. Fantástico de tão inusitado que é.

O novo multiplayer, com missões em grupo de assassinato, upgrades e customização das roupas e armas portadas pelo jogador, faz o game ganhar um fator a mais na jogatina. Caçar o alvo estipulado, e fazer isso sem levantar suspeitas, lhe proporcionará bônus e mais experiência, impossibilitando um mata mata desenfreado pelo mapa. O único problema é a aparência dos demais competidores. As vezes, por serem iguais quando são da mesma equipe, ficará difícil identificar o verdadeiro personagem a ganhar a famosa “faca nas costelas”.

A série Assassin's Creed trouxe um novo conceito dentro dos jogos eletrônicos. Em Brotherhood percebemos a evolução e a preocupação do pessoal da Ubisoft em fazer um ótimo trabalho, fiel a suas raízes, mas com conceitos únicos para diferenciá-lo dos demais. Outra grande adição é o acompanhamento mais detalhado da história de Desmond Miles, com um pouco mais de gameplay e interação por parte do jogador. É divertido e viciante mesmo com a repetição das missões. Eu, particularmente, nunca me cansei de assistir tanto o Altair quanto o Ezio desferir a seqüência de combos e counters nos inimigos. A parte do, digamos, “Parkour” é excelente, porém sempre haverá um momento no qual você perderá o controle do assassino (cita-se: perseguições chatas). Mesmo esses pequenos infortúnios não abalam o geral do game. Assassin's Creed: Brotherhood é jogaço e deve ser apreciado sem moderação!

 Como o grande mestre dizia:
- “It´s me! Mario” (Mario – Super Mario 64)

Um comentário:

  1. Ótima análise! Agora você poderia também postar um videozinho no YouTube com seus comentários em áudio.

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