quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Debulhado da vez – Assassin's Creed: Brotherhood

(Ubisoft / Ubisoft)
Gênero: Parkour em Roma
Plataforma: PC, PS3 e XBOX 360


Quem precisa de Robin Wood quando se tem Ezio (mama mia) Auditore da Firenze para salvar o dia? Sim meus caros irmãos da creed, o assassino já está entre nós e, se você pertencer a ordem dos Templários, aposto que não conseguirá ler este debulhado até o fim. (Na verdade, isso até me preocupa, pois... AAARGH, MINHAS COSTAS). Mentira, estou bem. Agora, muito mais experiente e “parrudo” na arte de matar os “otro”, nosso herói do passado enfrentará uma verdadeira guerra em território inimigo para impedir que os malfeitores conquistem todos os territórios conhecidos, porém, ele não lutará sozinho contra a tirania.

A busca por justiça colocará o “Spider-Man da antiguidade” no encalço de Cesare Borgia, um homem influente, perigoso, com aliados poderosos no Vaticano (o cara é amigo até do Papa). Sua cobiça pelo poder o levará a realizar qualquer tipo de ação para alcançar seus objetivos e, para piorar a situazione, ele e os demais criminales estão em posse do artefato Apple of Eden. Se você já jogou algum dos games anteriores da saga sabe que esses itens misterioooooosos (voz fantasmagórica ao fundo) possuem poderes surpreendentes, como dominar a mente das pessoas. Envolvido na confusão, somente você será capaz de impedir o inimigo de usar o novo artifício contra a “humanidá”.

Roma agora é o palco principal para o embate. Os desenvolvedores da Ubisoft realizaram um trabalho excepcional ao retratar a cidade nos mínimos detalhes para caracterizá-la da maneira mais parecida ao período que ocorre a trama (eu nunca estive em Roma em 1500, juro, mas me pareceu bastante fiel aos livros de história). Digamos que é quase um Back to the Future sem o DeLorean. Os Gráficos são estonteantes e os bots no papel de meros cidadãos, devidamente vestidos com roupas da época e falando um inglês “ítalo-americano” bem bacana são responsáveis por trazer vida as ruas. A amplitude do cenário aumentou de modo considerável, no entanto segue o mesmo padrão dos antecessores. Corrida pelos telhados, alcançar os pontos mais altos para obter uma visão geral da região, destruindo a torre de observação depois de utilizá-la (isso é novidade). A única diferença mesmo é o sistema de túneis para poupar tempo durante a viagem de um ponto a outro (me lembra até um certo encanador japonês). Você entrará de um lado e, de repente, mama mia!

O sistema de revitalização do comércio também está de volta, assim como a compra de armas e os upgrades da armadura, porém o sistema da “gastança” melhorou. Não haverá mais rios de florin para jogar a população, fazendo aviãozinho para o auditório perguntando: Quem quer dinheiro? Você deverá pensar muito bem antes de investir seu suado dim dim para não quebrar igual ao tio Silvio. Em relação as missões, não vemos nada de especial ou de muito diferente. Assassinar, interrogar, seguir, proteger e salvar as pessoas. O legal mesmo é o seguinte, quando libertar alguém, Ezio poderá recrutá-lo para a guilda e criar um verdadeiro exército de assassinos sob seu comando. Com o micro gerenciamento dos comparsas, aumentando suas habilidades e características físicas, você poderá enviá-los para cumprir contratos em qualquer lugar da Europa. Quanto maior a dificuldade, maior a recompensa e as chances de perdê-lo (Um médico safado em Portugal precisa morrer? Esquenta não, estamos a caminho).

Mesmo durante o gameplay normal, os “brothers” estarão ao seu lado. Perfeitos para emboscadas ou quando a situação ficar complicada demais. O combate sofreu poucas variações, os combos e contra-ataques continuam cruéis e muito bem elaborados, porém os inimigos continuam muito previsíveis. Um ataque, depois outro, depois outro, todos esperando em fila para tomar um “counter” e ganhar uma facada no “bucho”. Simples assim. As novas armas e engenhocas do camarada Da Vinci são uma surpresa bem-vinda. Pára-quedas, asa-delta, carroagem com artilharia na traseira e, por incrível que pareça, um pseudo tanque de guerra. Fantástico de tão inusitado que é.

O novo multiplayer, com missões em grupo de assassinato, upgrades e customização das roupas e armas portadas pelo jogador, faz o game ganhar um fator a mais na jogatina. Caçar o alvo estipulado, e fazer isso sem levantar suspeitas, lhe proporcionará bônus e mais experiência, impossibilitando um mata mata desenfreado pelo mapa. O único problema é a aparência dos demais competidores. As vezes, por serem iguais quando são da mesma equipe, ficará difícil identificar o verdadeiro personagem a ganhar a famosa “faca nas costelas”.

A série Assassin's Creed trouxe um novo conceito dentro dos jogos eletrônicos. Em Brotherhood percebemos a evolução e a preocupação do pessoal da Ubisoft em fazer um ótimo trabalho, fiel a suas raízes, mas com conceitos únicos para diferenciá-lo dos demais. Outra grande adição é o acompanhamento mais detalhado da história de Desmond Miles, com um pouco mais de gameplay e interação por parte do jogador. É divertido e viciante mesmo com a repetição das missões. Eu, particularmente, nunca me cansei de assistir tanto o Altair quanto o Ezio desferir a seqüência de combos e counters nos inimigos. A parte do, digamos, “Parkour” é excelente, porém sempre haverá um momento no qual você perderá o controle do assassino (cita-se: perseguições chatas). Mesmo esses pequenos infortúnios não abalam o geral do game. Assassin's Creed: Brotherhood é jogaço e deve ser apreciado sem moderação!

 Como o grande mestre dizia:
- “It´s me! Mario” (Mario – Super Mario 64)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Debulhado da vez – Call of Duty: Black Ops

(Treyarch / Activision)
Gênero: Pipoco em Primeira Pessoa
Plataforma: PC, PS3 e XBOX 360


Estudado, analisado, destrinchado, pipocado, fatiado, e o mais importante de tudo, jogado até meus dedos ficarem roxos e dormentes. Sim, meus caros companheiros, é o momento da verdade. Mesmo que para trazer essa informação eu tenha transformado minhas mãos em meras garras deformadas, tenho a honra de lhes apresentar o debulhado “antecipadíssimo” de Call of Duty: Black Ops (mulheres histéricas gritando, rojões, foguetinhos e biribinhas). A partir de agora, iremos interrogar e torturar a mais nova cria concebida pelas numerosas noites de amor entre a Treyarch e “o” Activision (não adianta fazer teste de DNA. O filho é seu e tem que assumir).

A trama mistura eventos históricos reais, ocorridos durante a Guerra Fria, com “pitadelas” de ficção insana e pipocos desenfreados. Na pele de Alex Manson, agente especial da C.I.A, você será convidado a viajar ao mundo em “80 balas” para encarar os conflitos mais ferrenhos deste período. Tudo gira ao redor de um safado russo (a não, os russos de novo não. Pelo amor de Deus, deixem os russos em paz) chamado Dragovich. Apto para arranjar uma boa briga contra os “porcos capitalistas”, o figurão demonstrará boa vontade em ajudar qualquer um que levantar a bandeira vermelha no campo de batalha, porém seus objetivos vão além da simples hegemonia mundial (risada maléfica ao fundo). Era de se esperar. O vilão tem que ser mal, muito mal, para justificar a carnificina disseminada pelo jogador no futuro (já assistiram Rambo IV? Aquele vilão é mais “underground” que o diabo).

O desenrolar do game acontece a partir das lembranças do personagem principal enquanto o mesmo é interrogado por pessoas misteriosas (essa parte tem um clima meio “Jogos Mortais”. Já estava até disposto a arrancar um olho, ou comer o próprio pé, para prosseguir). Através destas memórias, conhecemos as “boas” intenções do departamento de inteligência da terra do King Kong. Algumas fases impressionam muito, tanto pela visual gráfico excepcional ou através de situações que surpreenderão os fãs do gênero.

Missões como matar Fidel Castro durante a invasão a Baía dos Porcos, escapar de uma prisão subterrânea russa apenas com uma “faquinha de rocambole”, enfrentar o caos da Guerra do Vietnam portando aqueles rifles M16 vagabundos (engraçado que no jogo eles funcionam “sussa”, né? Cadê a verdade nisso?) e, ainda por cima, conversar pessoalmente com o presidente Kennedy, revigoram o ânimo de qualquer jogador.

O aumento considerável de veículos durante a campanha também proporciona momentos únicos, responsáveis por quebrar o frenesi dos pipocos e adicionar uma agradável variedade a jogatina. Fugas alucinantes de motos, jipes com lançador de mísseis teleguiados, a famosa parte do helicóptero (por mim, poderiam fazer um jogo só com esse momento), dirigir um barco invocado por rios vietnamitas e pilotar um Lockheed SR-71 Blackbird são apenas “petiscos” para você se empolgar com a “bagaça”. (A parte do Blackbird é simplesmente incrível. É a melhor fase de “todos os tempos da última semana”).

Outra adição bem interessante é a “ação” nas seqüências de transição. Você terá, por exemplo, que apertar determinado botão várias vezes durante o desenrolar da cena para alcançar o objetivo. Os momentos de “Breach” (importados de Modern Warfare 2), no qual o tempo fica mais lento e você deve rasgar os encrenqueiros com rapidez, foram, digamos, estendidos. Agora, esses instantes peculiares acontecerão com uma maior freqüência e não somente ao estourar uma porta ou parede.

Ao falar da música de Black Ops eu automaticamente me lembro de God of War. Elas carregam consigo a sonoridade “épica” vista nas desventuras de Kratos. Mesmo parecendo estranho a princípio, elas funcionam bem para criar a atmosfera do cenário. Convenhamos, são tantas explosões, ordens gritadas a plenos pulmões, choramingos de dor, rajadas das “metrancas”, que muitas vezes a trilha sonora passará despercebida. A surpresa mesmo neste quesito é o som Sympathy For The Devil, do Rolling Stones (não revelarei nada sobre, mas a composição “arrocha” de maneira consistente).

Tirando os bots inimigos que são verdadeiramente suicidas (alguns são malucos a ponto de avançar de peito aberto em sua direção), as vezes nas quais você será obrigado a progredir tomando tiro de todos os lados para cumprir o estipulado (irritante demais), os soldados “infinitos” do exército adversário em certos conflitos (irritante demais vezes 2) e bugs que chegam a ser engraçados, Call of Duty: Black Ops revela-se ao mundo como um ótimo jogo, capaz de inovar e surpreender em um estilo explorado quase ao extremo (sistema de cover, realismo absurdo nas mortes e inimigos “finitos” a lá Brother in Arms: Hell´s Highway é pedir demais?). Mesmo não sendo 100%, eles estão progredindo. É um “jogaço” digno de respeito. E, para fechar com chave máxima de ouro ultra, digo que o modo Nazi Zombie está de volta (HELL YEAAAAH).

Como o grande mestre dizia:
- Vem comigo (Goulart de Andrade)

sábado, 30 de outubro de 2010

Debulhado da vez – Medal of Honor

(Electronic Arts  Los Angeles / Electronic Arts)
Gênero: Pipoco em Primeira Pessoa
Plataforma: PC, PS3 e XBOX 360


“Good Morning USA, I got a feeling that it's gonna be a wonderful day”. Ah meu amigo, sinceridade? O dia não será nada maravilhoso para quem acordar no Afeganistão virtual de Medal of Honor. Olha a cara do gorila aí da foto. Ta vendo? Prestando atenção? Olha que criatura “simpática” para, digamos, uma garota apresentar aos pais. Agora imagine a figura barbada, com toda sua aparente delicadeza, batendo em sua porta armado até os dentes. É isso que os pobres membros do Taliban (nã não, chama-se Força de Oposição filhote) enfrentarão no novo Medal of Honor.

Porém, antes de enfrentarmos o exército invencível e muito bem armado da milícia (que Persa que nada, esses sim são os verdadeiros “imortais”! Fala sério, cara), vou lhes contar o que diabos é essa droga de Tier 1 Operators. É simples, Tier 1 é um grupo das “elite” do exército do Tio Sam (ele te quer), preparado para quebrar a cara de qualquer malfeitor em missões nas quais ninguém no universo conseguiria cumprir (pode chamar os Jedi, os Romulanos, o Capitão Planeta, não vai adiantar.... Vai “planetá”). Dentro da gangue, você desembarcará nas regiões áridas do país com o objetivo de “mastigar” de bala tudo que não falar inglês.

Os cenários são realmente espantosos. O efeito de luz sobre o ambiente, as explosões, o ricochete dos projéteis e as texturas aplicadas são belos exemplos de como um jogo da nova geração deve ser. No entanto, se você for parar para pensar mesmo, toda essa “buniteza” dos games modernos de pipoco na veia já foi vista em títulos como Modern Warfare 2 ou Bad Company 2 (Mas fala logo, é legal ou não a bagaça?). Claro que é, né mané! Não vemos nenhuma revolução gráfica, mas o apresentado compensa do mesmo jeito. “Otra cosa” bacana é a atmosfera transmitida durante as cenas de transição. São tão bem elaboradas que, se virassem filme, eu não me incomodaria. Realmente empolga e proporciona uma sede de sangue voraz após cada animação (mete bala, mete bala em tudo malandro).

Fases específicas para os “snipá” espocar (essa palavra é o máximo) a cabeça dos bandidos ou para demarcar alvos militares para o suporte aéreo (hell from above) serve para quebrar um pouco o mata-mata desenfreado, assim como a infiltração no território inimigo ou quando o personagem estiver dentro dos veículos (odeio esses momentos noturnos. Nunca enxergo nada e me sinto um peru doido de tanta bala que tomo). O único problema durante a campanha é a linearidade absurda. Você esbarrará com freqüência nos magníficos e mágicos muros invisíveis (na verdade, apenas os inteligentes conseguem enxergá-los). Você é tão obrigado a seguir o caminho determinado pelos desenvolvedores que só faltou eles colocarem uma trilha de pão no percurso para ter certeza de que ninguém ficaria perdido.

Os oponentes, em algumas ocasiões, suplicam para serem mortos. Alguns até possuem a boa vontade de buscar proteção nos embates, no entanto, muitos se empolgam e se esquecem deste fator. Pelo menos tomam tiro de bom grado (coloca um alvo no peito de cada um para tornar a coisa mais interessante). O massacre do Apache, destruindo os humildes vilarejos bravamente protegidos por seus moradores com simples RPG’s (arma soviética de mil novecentos e “nada”) é divertido, mas mostra como os “bots” da Força de Oposição (tem que rir dessas coisas) esperam a morte com a alegria estampada no rosto.

O bacana mesmo desta parte é ver a arma de, não sei, uns cinqüenta “dolla” (estou contanto nos dedos agora. O que foi? Uso os dedos até hoje, é quase um ábaco nos dado pela natureza) derrubar um Apache de cinqüenta milhões (sou ruim em matemática, por isso virei jornalista). Isso me faz pensar no seguinte, devemos parar de voar em helicópteros e começar a montar em RPG’s (ai sim iríamos “tocar” o terror). O RPG é tão superior que nem pedra, papel ou tesoura (juntos) conseguiriam superá-lo.

O grande infortúnio deste debulhado é o fato dele não oferecer nada de novo. É apenas mais um jogo de pipoco em terceira pessoa dentre milhares de outros. Para quem curte o gênero é uma ótima pedida, mas não espere nada arrebatador ou que você nunca tenha visto em outros títulos. No geral, gostei da volta da marca para fazer frente aos Call of Duty da vida, mas esperava mais de um jogo que encantou tanto no passado. Eu sempre achei que Medal of Honor funcionasse da seguinte maneira: o primeiro lançado para determinado console sempre era o melhor de todas as outras quinhentas (acho que estou na fase múltiplos de 50) continuações. O primeiro para PSX e para PS2 são fantásticos, os “segundos” são péssimos, porém o primeiro da nova geração deixa a desejar. Vai entender.

Como o grande mestre dizia:
- “We're all gonna die man! (Hudson – Aliens)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Debulhado da vez – Vanquish

(PlatinumGames / Sega)
Gênero: Pipoco em Terceira Pessoa
Plataforma: PS3 e XBOX 360


O raio destrói a cidade mata inocente começa o pipoco explode aqui atira ali corre corre mata robô mata o russo bandido e fim (Para, para, para tudo, para tudo, Pikachu, ow Pikachu, close em mim). Vanquish pode ser resumido da maneira tratada acima sem a menor sombra de dúvida. Pura adrenalina, caos e ação neste novo shooter futurista provindo da terra do sol nascente. Acabei de jogá-lo e, enquanto digito este texto, sinto os sintomas da experiência. São tantas explosões, raios de energia, projéteis voando para todos os lados que o show criado pelas luzes me deixou “estragado”. Sério, o negócio é tenso (ou eu é que estou ficando velho mesmo).

Pois bem, vamos começar a desossar mais esse produto “gamelístico” e ver se no final dá um caldo descente. Os russos malvados mais uma vez querem destruir os bondosos americanos. Com um poderoso raio rosa, disparado pela colônia espacial Providence, a cidade de “Goooood Moooorning” São Francisco é destruída sem piedade pelos vermelhos. Victor Zaitsev, o vilão com uma roupinha coladinha ao corpo e de perninhas cruzadas de modo estranho (que isso? Para com isso meu!), exige a total rendição dos “Estadu Zunidu” à presidenta Elizabeth “Invernos” (Winters), ou ele destruirá Nova Iorque. Pastelão (só pode ta de brincadeira, né? Sushi yakissoba tempurá, né?).

O único capaz de resolver o problema é o cowboy da Marlboro do futuro Sam Gideon. Com a ajuda do Tenente Coronel (dublado pelo Professor Raimundo) Robert “Queimaduras” (Burns) e de sua fiel companheira da DARPA (seria DHARMA?), Elena Ivanova, o “wanna be Iron Man” irá aprontar altas confusões em uma aventura do barulho (eterna Sessão da Tarde).

Deixando a criatividade japonesa de lado e rumando ao sistema principal do game, Vanquish apresenta um gameplay bastante consistente, preciso e de rápida resposta. As habilidades da armadura, como o Dash (é bem estranho dash de joelho, mas ta valendo) e a capacidade de gerar um slow-motion estilo Matrix (você verá as balas disparadas com aquela projeção em seus fundilhos), diferencia o jogo dos demais do gênero. O resto é tudo igual (imagine o Gears of War ou o Army of Two avançando em seu DVD Player na velocidade x6).

O arsenal de Sam agrada e o modo no qual ele é armazenado também chama a atenção (tirando o esmeril gigante que dispara discos de Frisbee e outro trabuco lançador de gigantescas bolas de energia sem nenhum estrago no inimigo, o resto é “sussa”). Digamos que, ao trocar de arma, as peças constituintes da antiga se organizam para modelar a nova. Essa transição é visualmente bacana, muito bem detalhada e convincente, mas quero ver você encontrar tempo de apreciar tal façanha no meio do combate. Muitos robôs “comunistas” empesteiam os vastos cenários, cada tipo, dos marrecos de infantaria Gorgie (quem inventa esses nomes?) até os grandões Romanov, exigem diferentes estratégias para serem superados (é só senta bala que ta tudo certo).

O trabalho gráfico do ambiente é impressionante e de embugalhar os olhos, assim como os chefes titânicos (hoje em dia chefe gigante significa batalha épica, mas nem sempre “funfa” tão bem quanto o esperado. Tudo cria de God of War).

Vanquish é extremamente intenso ao quadrado e carrega consigo uma ação de tirar o fôlego. O game te deixará tão ligado que você não conseguirá deixar de jogar antes de socar a cara do próprio Zaitsev (esse cara eu não sei não. Talvez ele até goste). Com certeza “absolute vodka” (ric), digo ao povo (que fico) que é um ótimo jogo, porém devo adverti-lo. Presta atenção. Se alguém de sua árvore genealógica, mesmo que seja aquele seu tatatatatataravô hispânico que cruzou o mar em busca de emoções “calientes” nas Américas, tiver qualquer tipo de “suspeita” de epilepsia, nem joga cara. O negócio é cruel.

Como o grande mestre dizia:
- “Num guenta deiz minuto de porrada cumigo, morô?” (Gil Brother)

Debulhado da vez – Halo: Reach

(Bungie / Microsoft Game Studios)
Gênero: Pipoco em Primeira Pessoa
Plataforma: somente para XBOX 360, bem!


Seguinte, para quem não conhece ou nunca ouviu falar (sonystas e nintendistas de plantão) sobre o grande trunfo da poderosa Microsoft, o famoso “Reilou”, deve ter vivido em “otô” planeta nesses últimos anos. Tudo bem não gostar da série e defender seu console preferido com unhas e dentes, mas devemos reconhecer a fama obtida pelo todo-poderoso Master Chief, tanto para o bem quanto para o mal. Eu estive no front (do lado da Sony) durante a campanha de lançamento do destruidor de Halo, conhecido como Killzone, no entanto, sabemos que as coisas não saíram como o planejado.

O sistema simples da jogatina, bem arcade e até em certo ponto descompromissada (me lembra até Half-Life em alguns aspectos), assim como o enredo um tanto diferente (um mundo gigantesco dentro de um anel é coisa para qualquer fã de ficção científica ficar pelo menos curioso) reuniu uma verdadeira legião de fanáticos ao redor do mundo.

A guerra que colocou a humanidade contra a suruba de raças da união Covenant terminou em Halo 3 (fato irrefutável). Com a galinha de ovos de ouro já dando sinais de senilidade e alguns outros contratos pendentes, a Bungie começou a inventar moda para libertar-se de uma vez por todas das garras maléficas da empresa fundada pelo nerd Gates. Eles não poderiam continuar de onde o terceiro parou (a guerra acabou mesmo porra!), então, para resolver o problema, começaram a narrar as “históritas” do passado, como se fossem vovós carinhosas colocando seus bebês Grunts para ninar. Porém (ah, o grande porém) Halo: Reach, prometido como o último da série, acaba aos pontapés com a enrolação de Halo 3: ODST e Halo Wars (eu gostei de ambos, mas ninguém pode negar que eles serviram apenas para encher lingüiça).

A maior derrota da humanidade contra o conglomerado “E.T telefone minha casa” (seria bem mais fácil bater no E.T do Spielber, certeza) é representada com maestria no game. Cenários amplos, muito bem elaborados e feitos com qualidade acima dos shooters genéricos espalhados por ai, encantam os olhos delicados de qualquer jogador. O negócio no planeta Reach é a ação, o combate. A invasão já começou e não existe mais lugar para nenéns chorões se esconderem com medo. O jogador fará parte do conflito como um integrante do Noble Team, um time somente de soldados Spartan parrudos que comem Elites e Brutes (vida longa aos Elites, morte ao traídores Brutes) no café da manhã.

Na pele do soldado, intitulado ao entrar no grupo como Noble Six (conhecido também como bucha de canhão, pois ele enfrentará só pauleira até o final), você combaterá as ondas inimigas sem qualquer misericórdia. A variedade do arsenal carregado ao campo de batalha é bastante diversificada. Por parte dos humanos da UNSC não ouve grande adição, os dois rifles de assalto, a pistola com mira telescópica (cara, nunca entendi isso), o rifle “snipá”, a bazuca e a faquinha de praxe permanecem fiéis aos jogos anteriores. Pelo lado Covenant, além da armas já conhecidas, nós temos um rifle de pasma muito mais poderoso e a substituição do sniper por uma arma estranha (sério, uma mistura bizarra da Needler Gun com o antigo rifle alienígena que eu não sei o nome).

A diferença e fator importante para a diversão é que o tal Noble Six é totalmente customizado pelo jogador. Capacetes e outras partes distintas da armadura podem ser comprados no decorrer do jogo ou acessando o Halo: Waypoints através do XBOX Live. Como não tenho desvantagens para encorpar o texto, “vamô” de outra novidade muito bem-vinda ao gameplay. O SPARTAN AGORA CORRE! (tonight, we dine in hell, ahu, ahu, ahu!). Isso mesmo, com certos itens encontrados durante os mapas, você poderá adicionar habilidades especiais ao combatente, entre elas, o poder heróico e muito complicado de “correr”. Temos também o Escudo Bolha, Invisibilidade, a possibilidade de criar hologramas e confundir os oponentes, Jet Pack (a lá Os Jetsons), travar a armadura (meio besta essa), entre outras (eu acho).

Com inimigos mais espertos e em maior quantidade, a sensação de participar realmente do “cáflito” é grande, principalmente com a adição dos sempre presentes “bots” aliados, seja Marines, ODST ou outros Spartans da equipe. A intensidade da guerra e a reformulação gráfica de todos aliens também ajudam para que Halo: Reach termine a saga com chave de ouro. A trama em si consiste apenas em mais um capítulo, com poucas revelações capazes de extasiar os mais “extasiados”. O final é trágico, sim (confesso que fiquei com fortes esperanças de salvação), entretanto, a derrota (espero que você tenha jogado pelo menos o primeiro Halo, senão é spoiler na veia) inspira, dando vontade de esperar por futuros lançamento. Vale a pena ser debulhado até seu fatídico fim, é só fazer cara feia e avançar por cima de qualquer coisa que não seja humanamente “civilizado”. Jogaço!

Como o grande mestre dizia:
“Tira essa roupa preta. Você não é caveira, você é moleque!” (Capitão Nascimento – Tropa de Elite)

Debulhado da vez - Star Wars: The Force Unleashed II

(LucasArts / LucasArts)
Gênero: Bater e correr
Plataforma: Todas imagináveis


A grande franquia de Star Wars já rendeu muito dim dim para o velho tio Lucas, porém, como todo ser humano comum, o senhor da galáxia muito muito distante quer mais e, se alguém da LucasArts for contrário a esse tipo de pensamento será congelado em carbonita como nosso amigo Han Solo. A máquina não pode parar. Desta vez, temos no mercado o mais novo lançamento da saga estrelar, repleta de melhorias na jogatina (assim diziam pelo menos) e muitas surpresas no enredo. Antes de mais “tudo”, devo confessar que sou fã doente de tudo relacionado a marca e estava esperando ansioso a continuação da história de Starkiller (mentira), aprendiz do tal “Darchi Veider”, no entanto, não pouparei palavras ao analisá-lo.

Comecemos então a debulhar o danado contanto os fatores favoráveis (apenas para fazer suspense mesmo). Quem teve a “oportunidá” de espancar tudo que se movia no primeiro jogo da série, de rebeldes sem-vergonhas, passando por reles stormtroopers, até chegar ao próprio Imperador (bater em velhinhos não vale), encontrará nesta seqüência a mesma coisa (o quê?). Claro, o sistema apresentado é o mesmo, sem grandes diferenças no gameplay.

Os combos existentes no primeiro foram adaptados para o uso de dois lightsabers e funcionam da mesma maneira (ficou bacana até). A utilização da força também permanece intacta, com lightning para fritar os bandidos, Force Pulse para jogá-los contra as paredes e o Force Repulse para jogá-los contra as paredes vezes dois. A grande mudança nos poderes foi a saída do Lightning Shield (não servia para nada mesmo essa droga) e a adição do Mind Trick (ai sim fomos surpreendidos novamente).

O Mind Trick consiste em dominar a mente fraca dos inimigos (quase todos no caso) para obrigá-los a satisfazer suas vontades (sem comentários sobre isso). Eles não terão medo em pular de grandes alturas para morrer ou enfrentar seus companheiros de esquadrão. O legal é que você poderá criar um verdadeiro caos no campo de batalha com essa habilidade. Ao ser utilizada, todo mundo começa a se quebrar na porrada como se estivessem em uma briga de bar (é divertido demais). Enquanto seus novos aliados se empenham em quebrar a cara dos demais, você terá mais liberdade para tombar os oponentes mais complicados (como os Droids grandalhões imperiais que tentarão te congelar com carbonita ou te tostar com fogo).

Outra coisa interessante é a barra de Force Fury (mas o quê é isso Ciro Bottini?). Calma minha senhora, deixe-me explicar. Conforme derrotar os caras maus pelas fases (nem queira me ouvir falar das fases) você aumentará gradativamente sua barra da tal habilidade. Quando ela atingir o ponto máximo você poderá libertar toda sua fúria (jura?), deixando os movimentos e poderes amplificados ao extremo, e quando digo extremo é extremo mesmo. Nada ficará em seu caminho, soldados serão dizimados na hora e com certeza se transformaram em cinzas, os Droids não darão nem pro cheiro, e os vários walkers presentes (na verdade são apenas dois modelos deles) serão destruídos com facilidades.

Falando agora do visual e tentando ser bem breve para falar logo mal do jogo, a parte gráfica dos cenários está aprimorada e a ação muito mais cinematográfica do que no anterior (não irei falar muito sobre para não revelar os bons momentos). A infinidade de bugs do antecessor também desapareceu (o primeiro deveria se chamar Star Wars: The Bug Wars Unleashed).

Para finalizar (até porque estou ficando com sono e já são três horas da matina) falaremos sobre as fases, em francês Le Fazé, em alemão Herr frarê, em japonês Wua tchá tchá. Para minha decepção são apenas quatro cenários. Isso mesmo, quatro (assim = 4). Os aventureiros da galáxia viajarão para Kamino (na verdade não viajam, tudo começa lá), passarão por Cato Neimoidia (lugar de origem daqueles caras da Federação do Comércio vistos na nova trilogia), para Dagobah e por fim para a nave rebelde Salvation. A grande questão, e grande diferença, é o fato de determinado cenário conter várias fases, o que torna o jogo um pouco cansativo e com pouca variedade (afinal, o cara passa três horas no mesmo lugar e isso irrita). A luta contra certos chefes (cita-se: Gorog e o chato do Vader) são longas, demoradas e sem muita graça.

Star Wars: The Force Unleashed II é legalzinho, mas perde de goleada para seu antecessor. Na boa, até mesmo na questão das roupas disponíveis, pouca variedade e sem grandes surpresas (tem uma na verdade! Uma roupa jedi que vale a pena, muito foda mesmo). Dois tipos de finais fecham a aventura e basta a você escolher qual deles ver, porém fica difícil saber qual dos dois é realmente o verdadeiro, o do Light ou Dark side. A trama toda é sobre o Starkiller ser ou não um clone e os finais, ao invés de esclarecerem, confundem.

Mesmo com a repetição dos cenários, a escassez de roupas realmente legais e a falta de atenção aos novos gamers (quem não jogou o primeiro ficará perdido em relação aos movimentos) vale a pena conferir. Já que não tem outro Star Wars (quero Battlefront 3 porraaaa!), vai esse mesmo. Eu sei que jogo é muito pessoal, e eu não gostei, prefiro o Ultimate Sith Edition do primeiro, mas sei lá, tenta a sorte aê!

 Como o grande mestre dizia:
- “Pior do que tá não fica” (Deputado Federal Tiririca)