quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Debulhado da vez – Halo: Reach

(Bungie / Microsoft Game Studios)
Gênero: Pipoco em Primeira Pessoa
Plataforma: somente para XBOX 360, bem!


Seguinte, para quem não conhece ou nunca ouviu falar (sonystas e nintendistas de plantão) sobre o grande trunfo da poderosa Microsoft, o famoso “Reilou”, deve ter vivido em “otô” planeta nesses últimos anos. Tudo bem não gostar da série e defender seu console preferido com unhas e dentes, mas devemos reconhecer a fama obtida pelo todo-poderoso Master Chief, tanto para o bem quanto para o mal. Eu estive no front (do lado da Sony) durante a campanha de lançamento do destruidor de Halo, conhecido como Killzone, no entanto, sabemos que as coisas não saíram como o planejado.

O sistema simples da jogatina, bem arcade e até em certo ponto descompromissada (me lembra até Half-Life em alguns aspectos), assim como o enredo um tanto diferente (um mundo gigantesco dentro de um anel é coisa para qualquer fã de ficção científica ficar pelo menos curioso) reuniu uma verdadeira legião de fanáticos ao redor do mundo.

A guerra que colocou a humanidade contra a suruba de raças da união Covenant terminou em Halo 3 (fato irrefutável). Com a galinha de ovos de ouro já dando sinais de senilidade e alguns outros contratos pendentes, a Bungie começou a inventar moda para libertar-se de uma vez por todas das garras maléficas da empresa fundada pelo nerd Gates. Eles não poderiam continuar de onde o terceiro parou (a guerra acabou mesmo porra!), então, para resolver o problema, começaram a narrar as “históritas” do passado, como se fossem vovós carinhosas colocando seus bebês Grunts para ninar. Porém (ah, o grande porém) Halo: Reach, prometido como o último da série, acaba aos pontapés com a enrolação de Halo 3: ODST e Halo Wars (eu gostei de ambos, mas ninguém pode negar que eles serviram apenas para encher lingüiça).

A maior derrota da humanidade contra o conglomerado “E.T telefone minha casa” (seria bem mais fácil bater no E.T do Spielber, certeza) é representada com maestria no game. Cenários amplos, muito bem elaborados e feitos com qualidade acima dos shooters genéricos espalhados por ai, encantam os olhos delicados de qualquer jogador. O negócio no planeta Reach é a ação, o combate. A invasão já começou e não existe mais lugar para nenéns chorões se esconderem com medo. O jogador fará parte do conflito como um integrante do Noble Team, um time somente de soldados Spartan parrudos que comem Elites e Brutes (vida longa aos Elites, morte ao traídores Brutes) no café da manhã.

Na pele do soldado, intitulado ao entrar no grupo como Noble Six (conhecido também como bucha de canhão, pois ele enfrentará só pauleira até o final), você combaterá as ondas inimigas sem qualquer misericórdia. A variedade do arsenal carregado ao campo de batalha é bastante diversificada. Por parte dos humanos da UNSC não ouve grande adição, os dois rifles de assalto, a pistola com mira telescópica (cara, nunca entendi isso), o rifle “snipá”, a bazuca e a faquinha de praxe permanecem fiéis aos jogos anteriores. Pelo lado Covenant, além da armas já conhecidas, nós temos um rifle de pasma muito mais poderoso e a substituição do sniper por uma arma estranha (sério, uma mistura bizarra da Needler Gun com o antigo rifle alienígena que eu não sei o nome).

A diferença e fator importante para a diversão é que o tal Noble Six é totalmente customizado pelo jogador. Capacetes e outras partes distintas da armadura podem ser comprados no decorrer do jogo ou acessando o Halo: Waypoints através do XBOX Live. Como não tenho desvantagens para encorpar o texto, “vamô” de outra novidade muito bem-vinda ao gameplay. O SPARTAN AGORA CORRE! (tonight, we dine in hell, ahu, ahu, ahu!). Isso mesmo, com certos itens encontrados durante os mapas, você poderá adicionar habilidades especiais ao combatente, entre elas, o poder heróico e muito complicado de “correr”. Temos também o Escudo Bolha, Invisibilidade, a possibilidade de criar hologramas e confundir os oponentes, Jet Pack (a lá Os Jetsons), travar a armadura (meio besta essa), entre outras (eu acho).

Com inimigos mais espertos e em maior quantidade, a sensação de participar realmente do “cáflito” é grande, principalmente com a adição dos sempre presentes “bots” aliados, seja Marines, ODST ou outros Spartans da equipe. A intensidade da guerra e a reformulação gráfica de todos aliens também ajudam para que Halo: Reach termine a saga com chave de ouro. A trama em si consiste apenas em mais um capítulo, com poucas revelações capazes de extasiar os mais “extasiados”. O final é trágico, sim (confesso que fiquei com fortes esperanças de salvação), entretanto, a derrota (espero que você tenha jogado pelo menos o primeiro Halo, senão é spoiler na veia) inspira, dando vontade de esperar por futuros lançamento. Vale a pena ser debulhado até seu fatídico fim, é só fazer cara feia e avançar por cima de qualquer coisa que não seja humanamente “civilizado”. Jogaço!

Como o grande mestre dizia:
“Tira essa roupa preta. Você não é caveira, você é moleque!” (Capitão Nascimento – Tropa de Elite)

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