sábado, 30 de outubro de 2010

Debulhado da vez – Medal of Honor

(Electronic Arts  Los Angeles / Electronic Arts)
Gênero: Pipoco em Primeira Pessoa
Plataforma: PC, PS3 e XBOX 360


“Good Morning USA, I got a feeling that it's gonna be a wonderful day”. Ah meu amigo, sinceridade? O dia não será nada maravilhoso para quem acordar no Afeganistão virtual de Medal of Honor. Olha a cara do gorila aí da foto. Ta vendo? Prestando atenção? Olha que criatura “simpática” para, digamos, uma garota apresentar aos pais. Agora imagine a figura barbada, com toda sua aparente delicadeza, batendo em sua porta armado até os dentes. É isso que os pobres membros do Taliban (nã não, chama-se Força de Oposição filhote) enfrentarão no novo Medal of Honor.

Porém, antes de enfrentarmos o exército invencível e muito bem armado da milícia (que Persa que nada, esses sim são os verdadeiros “imortais”! Fala sério, cara), vou lhes contar o que diabos é essa droga de Tier 1 Operators. É simples, Tier 1 é um grupo das “elite” do exército do Tio Sam (ele te quer), preparado para quebrar a cara de qualquer malfeitor em missões nas quais ninguém no universo conseguiria cumprir (pode chamar os Jedi, os Romulanos, o Capitão Planeta, não vai adiantar.... Vai “planetá”). Dentro da gangue, você desembarcará nas regiões áridas do país com o objetivo de “mastigar” de bala tudo que não falar inglês.

Os cenários são realmente espantosos. O efeito de luz sobre o ambiente, as explosões, o ricochete dos projéteis e as texturas aplicadas são belos exemplos de como um jogo da nova geração deve ser. No entanto, se você for parar para pensar mesmo, toda essa “buniteza” dos games modernos de pipoco na veia já foi vista em títulos como Modern Warfare 2 ou Bad Company 2 (Mas fala logo, é legal ou não a bagaça?). Claro que é, né mané! Não vemos nenhuma revolução gráfica, mas o apresentado compensa do mesmo jeito. “Otra cosa” bacana é a atmosfera transmitida durante as cenas de transição. São tão bem elaboradas que, se virassem filme, eu não me incomodaria. Realmente empolga e proporciona uma sede de sangue voraz após cada animação (mete bala, mete bala em tudo malandro).

Fases específicas para os “snipá” espocar (essa palavra é o máximo) a cabeça dos bandidos ou para demarcar alvos militares para o suporte aéreo (hell from above) serve para quebrar um pouco o mata-mata desenfreado, assim como a infiltração no território inimigo ou quando o personagem estiver dentro dos veículos (odeio esses momentos noturnos. Nunca enxergo nada e me sinto um peru doido de tanta bala que tomo). O único problema durante a campanha é a linearidade absurda. Você esbarrará com freqüência nos magníficos e mágicos muros invisíveis (na verdade, apenas os inteligentes conseguem enxergá-los). Você é tão obrigado a seguir o caminho determinado pelos desenvolvedores que só faltou eles colocarem uma trilha de pão no percurso para ter certeza de que ninguém ficaria perdido.

Os oponentes, em algumas ocasiões, suplicam para serem mortos. Alguns até possuem a boa vontade de buscar proteção nos embates, no entanto, muitos se empolgam e se esquecem deste fator. Pelo menos tomam tiro de bom grado (coloca um alvo no peito de cada um para tornar a coisa mais interessante). O massacre do Apache, destruindo os humildes vilarejos bravamente protegidos por seus moradores com simples RPG’s (arma soviética de mil novecentos e “nada”) é divertido, mas mostra como os “bots” da Força de Oposição (tem que rir dessas coisas) esperam a morte com a alegria estampada no rosto.

O bacana mesmo desta parte é ver a arma de, não sei, uns cinqüenta “dolla” (estou contanto nos dedos agora. O que foi? Uso os dedos até hoje, é quase um ábaco nos dado pela natureza) derrubar um Apache de cinqüenta milhões (sou ruim em matemática, por isso virei jornalista). Isso me faz pensar no seguinte, devemos parar de voar em helicópteros e começar a montar em RPG’s (ai sim iríamos “tocar” o terror). O RPG é tão superior que nem pedra, papel ou tesoura (juntos) conseguiriam superá-lo.

O grande infortúnio deste debulhado é o fato dele não oferecer nada de novo. É apenas mais um jogo de pipoco em terceira pessoa dentre milhares de outros. Para quem curte o gênero é uma ótima pedida, mas não espere nada arrebatador ou que você nunca tenha visto em outros títulos. No geral, gostei da volta da marca para fazer frente aos Call of Duty da vida, mas esperava mais de um jogo que encantou tanto no passado. Eu sempre achei que Medal of Honor funcionasse da seguinte maneira: o primeiro lançado para determinado console sempre era o melhor de todas as outras quinhentas (acho que estou na fase múltiplos de 50) continuações. O primeiro para PSX e para PS2 são fantásticos, os “segundos” são péssimos, porém o primeiro da nova geração deixa a desejar. Vai entender.

Como o grande mestre dizia:
- “We're all gonna die man! (Hudson – Aliens)

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