quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Debulhado da vez – Vanquish

(PlatinumGames / Sega)
Gênero: Pipoco em Terceira Pessoa
Plataforma: PS3 e XBOX 360


O raio destrói a cidade mata inocente começa o pipoco explode aqui atira ali corre corre mata robô mata o russo bandido e fim (Para, para, para tudo, para tudo, Pikachu, ow Pikachu, close em mim). Vanquish pode ser resumido da maneira tratada acima sem a menor sombra de dúvida. Pura adrenalina, caos e ação neste novo shooter futurista provindo da terra do sol nascente. Acabei de jogá-lo e, enquanto digito este texto, sinto os sintomas da experiência. São tantas explosões, raios de energia, projéteis voando para todos os lados que o show criado pelas luzes me deixou “estragado”. Sério, o negócio é tenso (ou eu é que estou ficando velho mesmo).

Pois bem, vamos começar a desossar mais esse produto “gamelístico” e ver se no final dá um caldo descente. Os russos malvados mais uma vez querem destruir os bondosos americanos. Com um poderoso raio rosa, disparado pela colônia espacial Providence, a cidade de “Goooood Moooorning” São Francisco é destruída sem piedade pelos vermelhos. Victor Zaitsev, o vilão com uma roupinha coladinha ao corpo e de perninhas cruzadas de modo estranho (que isso? Para com isso meu!), exige a total rendição dos “Estadu Zunidu” à presidenta Elizabeth “Invernos” (Winters), ou ele destruirá Nova Iorque. Pastelão (só pode ta de brincadeira, né? Sushi yakissoba tempurá, né?).

O único capaz de resolver o problema é o cowboy da Marlboro do futuro Sam Gideon. Com a ajuda do Tenente Coronel (dublado pelo Professor Raimundo) Robert “Queimaduras” (Burns) e de sua fiel companheira da DARPA (seria DHARMA?), Elena Ivanova, o “wanna be Iron Man” irá aprontar altas confusões em uma aventura do barulho (eterna Sessão da Tarde).

Deixando a criatividade japonesa de lado e rumando ao sistema principal do game, Vanquish apresenta um gameplay bastante consistente, preciso e de rápida resposta. As habilidades da armadura, como o Dash (é bem estranho dash de joelho, mas ta valendo) e a capacidade de gerar um slow-motion estilo Matrix (você verá as balas disparadas com aquela projeção em seus fundilhos), diferencia o jogo dos demais do gênero. O resto é tudo igual (imagine o Gears of War ou o Army of Two avançando em seu DVD Player na velocidade x6).

O arsenal de Sam agrada e o modo no qual ele é armazenado também chama a atenção (tirando o esmeril gigante que dispara discos de Frisbee e outro trabuco lançador de gigantescas bolas de energia sem nenhum estrago no inimigo, o resto é “sussa”). Digamos que, ao trocar de arma, as peças constituintes da antiga se organizam para modelar a nova. Essa transição é visualmente bacana, muito bem detalhada e convincente, mas quero ver você encontrar tempo de apreciar tal façanha no meio do combate. Muitos robôs “comunistas” empesteiam os vastos cenários, cada tipo, dos marrecos de infantaria Gorgie (quem inventa esses nomes?) até os grandões Romanov, exigem diferentes estratégias para serem superados (é só senta bala que ta tudo certo).

O trabalho gráfico do ambiente é impressionante e de embugalhar os olhos, assim como os chefes titânicos (hoje em dia chefe gigante significa batalha épica, mas nem sempre “funfa” tão bem quanto o esperado. Tudo cria de God of War).

Vanquish é extremamente intenso ao quadrado e carrega consigo uma ação de tirar o fôlego. O game te deixará tão ligado que você não conseguirá deixar de jogar antes de socar a cara do próprio Zaitsev (esse cara eu não sei não. Talvez ele até goste). Com certeza “absolute vodka” (ric), digo ao povo (que fico) que é um ótimo jogo, porém devo adverti-lo. Presta atenção. Se alguém de sua árvore genealógica, mesmo que seja aquele seu tatatatatataravô hispânico que cruzou o mar em busca de emoções “calientes” nas Américas, tiver qualquer tipo de “suspeita” de epilepsia, nem joga cara. O negócio é cruel.

Como o grande mestre dizia:
- “Num guenta deiz minuto de porrada cumigo, morô?” (Gil Brother)

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